“Houve uma época que era
complicado confiar na saúde pública. Hoje é difícil confiar na segurança
pública e até mesmo nos prédios públicos”. Semana passada coloquei este tweet e
aí fui parar para refletir a respeito depois justamente porque não deveria ser
assim. Como é público, logo é de todos e como é de todos deveria haver um
padrão mais alto de prestação de serviços.
Infelizmente não é assim. Os
médicos pararam na semana passada em vários estados brasileiros ampliando a
crise no setor de saúde que já é um caso endêmico ou uma crise endêmica.
Constata-se que as pessoas procuram o médico somente quando estão doentes, mas
não são procuradas as causas e somente as consequências disso. Ainda não se
refletiu sobre o fato de que uma consulta demora um tempão para ser marcada e o
tratamento preventivo é cada vez mais complicado.
Mas, enquanto estava apenas na
saúde pública ainda estava “tudo bem”. Os “resultados” do caso Fernanda Lages
divulgados na semana passada soaram como atestado de falência da Polícia Civil.
Foi feito um relatório para atestar que era impossível atestar alguma coisa e
que no final das contas acabou criando um constrangimento para a opinião
pública já que a primeira providência após o “relatório CICO” foi o pedido do
governador para a Polícia Federal assumir o caso assim como o próprio incêndio
na secretaria de saúde.
O próprio incêndio foi uma
situação preocupante. Nada de teorias conspiratórias aqui afinal, toda a
documentação queimada deve estar em outros bancos de dados. O problema nesse caso
é simplesmente a própria segurança de se estar em um prédio público. Até porque
o pensamento é: e se tivesse acontecido durante o expediente com o prédio
habitualmente bem movimentado?
Com o incêndio na secretária de saúde só vem a pergunta: e a
saúde pública hein? No final tudo volta ao começo.
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