O mundo anda bem especializado. São coisas voltadas especialmente para isso, para aquilo, para aquilo outro. Até na administração pública já colocaram um pouco destas ideias. São delegacias especializadas no direito do turista, no direito da mulher, na defesa das minorias. Sempre vi com bons olhos a ideia, mas este fim de semana pela primeira vez acabei me questionando se algumas destas delegacias realmente servem para alguma coisa.
Era o sábado a noite quando a @Tchescanita me liga. Me pedindo o telefone de alguém da imprensa para reclamar da delegacia do silêncio. Ela me contou que um amigo dela, que está casado com uma grávida de risco, tinha ligado para lá e ninguém atendia. Ele estava ligando para pedir a delegacia do silêncio para um paredão de som na zona norte, mas todos os telefones estavam mudos. Diante disso ela contou que ele apelou para uma delegacia comum para fazer valer a lei. Mas, ninguém foi porque segundo o (ir)responsável só quem pode agir é a delegacia do silêncio.
A @Tchescanita me contou então que ele disse que ia fazer uma besteira. Aí então o (ir)responsável disse que se ele fizesse isso aí iria lá. Aí fiquei me perguntando, se a polícia não pode agir para manter a ordem como é que o cidadão pode se sentir protegido? Se a atuação da polícia é terceirizada como então pode ser uma vantagem ter uma delegacia especializada como a delegacia do silêncio? Aí então é difícil não lembrar da saúde e as dificuldades de conseguir vagas em hospitais públicos. Talvez o negócio seja não ficar doente e se mudar de áreas muito barulhentas.
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